Quais os cuidados na assistência à paciente caso suspeito de Covid 19?

A Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da COVID-19, do Ministério da Saúde, publicada em 08.05.2020, com o objetivo de evitar a contaminação e disseminação da doença entre pacientes e profissionais de saúde, recomenda-se a implementação de precauções padrão para todos os pacientes, com uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados (máscara cirúrgica, luvas, proteção ocular e avental).
Pacientes com sintomas gripais e suspeita da COVID-19
Devem utilizar máscaras cirúrgicas enquanto estiverem em áreas comuns.
Além disso, devem ser mantidos em isolamento, de modo que qualquer pessoa que entrar em contato com o paciente deverá utilizar os EPIs adequados. Preferencialmente, esses pacientes devem ser colocados em quartos individuais. O ambiente deve ser arejado e os leitos devem ter uma distância de pelo menos um metro.
Equipamentos utilizados no cuidado de pacientes com COVID-19 (como termômetros, estetoscópios e manguitos de esfigmomanômetros) devem ser, preferencialmente, de uso único. Caso seja necessário usar o mesmo material para diferentes pacientes, recomenda-se proceder rigorosamente à limpeza e à desinfecção com álcool 70%, desde que os equipamentos não sejam de tecido.
Deve-se evitar o transporte desses pacientes para outras alas hospitalares. Em caso de necessidade, deve-se utilizar rotas pré-estabelecidas para evitar o contato com pessoas não infectadas. O paciente também deverá utilizar máscara cirúrgica durante o período que permanecer fora de seu quarto.
Profissionais de Saúde
 Devem utilizar EPIs durante o atendimento ao paciente com COVID-19, inclusive durante o transporte. Os equipamentos de proteção individual devem ser retirados cuidadosamente para evitar contaminação acidental do profissional de saúde. Antes e após o contato com o paciente ou com superfícies próximas a ele, deve-se higienizar as mãos com álcool 70% ou realizar a lavagem das mãos com água e sabão.
Para a realização de procedimentos que produzem aerossóis (como a coleta de swab de nasofaringe ou orofaringe, a coleta de amostra de vias aéreas inferiores ou entubação orotraqueal, necropsia de tecido pulmonar, entre outros), os profissionais de saúde devem utilizar máscaras N95/PFF2, além dos outros EPIs (luvas, proteção ocular e avental impermeável ou capote).
A frequência de troca dos EPIs deve, preferencialmente, seguir as orientações do fabricante. Em caso de desabastecimento, deve-se seguir as recomendações da ANVISA.
Higienização do meio
Existem evidências de que o vírus permanece ativo em alguns tipos de superfícies por longos períodos de tempo, favorecendo a contaminação de pacientes e profissionais envolvidos no cuidado.
Um estudo sugere que vírus como o SARS-CoV-2, o SARS-CoV e o MERS-CoV podem permanecer por até nove dias em superfícies. Desse modo, a desinfecção dessas superfícies deve ser realizada frequentemente.
Para a desinfecção de superfícies, pode-se utilizar preparações à base de etanol (entre 62-71%), 0,5% de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) ou 0,1% de hipoclorito de sódio (equivalente a uma colher de sopa de água sanitária/L de água).
Sabe-se que os vírus são inativados pelo álcool 70% e pelo cloro. Portanto, preconiza-se a limpeza das superfícies do isolamento com detergente neutro, seguida da desinfecção com uma dessas soluções desinfetantes ou outro desinfetante padronizado pelo serviço de saúde, desde que seja regularizado junto à ANVISA.
Em áreas em que o contato das superfícies com as mãos é maior, recomenda-se que seja feita limpeza seguida de desinfecção frequentemente.
No caso de quartos e alas de pacientes com COVID-19, sempre que possível, o conjunto de materiais utilizados para limpeza e desinfecção deve ser exclusivo. Preferencialmente, o pano de limpeza deve ser descartável.
Para o recolhimento dos resíduos, recomenda-se que o profissional responsável utilize os EPI’s adequados, como aventais não permeáveis, luvas, óculos de proteção e máscaras.

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