O que vem a ser a ASSEMBLÉIA GERAL da Ebserh
Segundo
o parágrafo 3º, do art. 27, do Decreto n.º 8.945/2016 (regulamenta, no âmbito
da União, a Lei no 13.303/2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa
pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios):
“Toda empresa estatal disporá de Assembléia Geral, que será regida pelo disposto na Lei no
6.404, de 1976, inclusive quanto à sua competência para alterar o capital
social e o estatuto social da empresa e para eleger e destituir seus
Conselheiros a qualquer tempo".
No art. 72, Fica criada a Assembléia Geral:
...
XIV
- na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH. (Incluído pelo Decreto nº 9.361, de 2018)
Por sua vez, a Lei Federal n.º 6.404/1976, traz no Titulo XI, a seguinte redação
acerca da Assembléia Geral retrata acima:
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.
121. A assembléia-geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o
estatuto, tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da
companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.
Parágrafo
único. Nas companhias abertas, o acionista poderá participar e votar a
distância em assembléia geral, nos termos da regulamentação da Comissão de
Valores Mobiliários.
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
Art.
122. Compete privativamente à assembléia geral:
I
- reformar o estatuto social;
II
- eleger ou destituir, a qualquer tempo, os administradores e fiscais da
companhia, ressalvado o disposto no inciso II do art. 142;
III
- tomar, anualmente, as contas dos administradores e deliberar sobre as
demonstrações financeiras por eles apresentadas;
IV
- autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto no § 1o do art. 59;
IV - autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto nos §§ 1o, 2o e
4o do art. 59;
V
- suspender o exercício dos direitos do acionista (art. 120);
VI
- deliberar sobre a avaliação de bens com que o acionista concorrer para a
formação do capital social;
VII
- autorizar a emissão de partes beneficiárias;
VIII
- deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua
dissolução e liquidação, eleger e destituir liquidantes e julgar-lhes as
contas; e IX - autorizar os administradores a confessar falência e pedir
concordata.
Parágrafo
único. Em caso de urgência, a confissão de falência ou o pedido de concordata
poderá ser formulado pelos administradores, com a concordância do acionista
controlador, se houver, convocando-se imediatamente a assembléia-geral, para
manifestar-se sobre a matéria.
COMPETÊNCIA PARA
CONVOCAÇÃO
Art.
123. Compete ao conselho de administração, se houver, ou aos diretores,
observado o disposto no estatuto, convocar a assembléia-geral.
Parágrafo
único. A assembléia-geral pode também ser convocada:
a)
pelo conselho fiscal, nos casos previstos no número V, do artigo 163;
b)
por qualquer acionista, quando os administradores retardarem, por mais de 60
(sessenta) dias, a convocação nos casos previstos em lei ou no estatuto;
c)
por acionistas que representem cinco por cento, no mínimo, do capital social,
quando os administradores não atenderem, no prazo de oito dias, a pedido de
convocação que apresentarem, devidamente fundamentado, com indicação das
matérias a serem tratadas
d)
por acionistas que representem cinco por cento, no mínimo, do capital votante,
ou cinco por cento, no mínimo, dos acionistas sem direito a voto, quando os
administradores não atenderem, no prazo de oito dias, a pedido de convocação de
assembléia para instalação do conselho fiscal.
MODO DE CONVOCAÇÃO E
LOCAL
Art.
124. A convocação far-se-á mediante anúncio publicado por 3 (três) vezes, no
mínimo, contendo, além do local, data e hora da assembléia, a ordem do dia, e,
no caso de reforma do estatuto, a indicação da matéria.
§
1o A primeira convocação da assembléia-geral deverá ser feita:
I
- na companhia fechada, com 8 (oito) dias de antecedência, no mínimo, contado o
prazo da publicação do primeiro anúncio; não se realizando a assembléia, será
publicado novo anúncio, de segunda convocação, com antecedência mínima de 5
(cinco) dias;
II
- na companhia aberta, o prazo de antecedência da primeira convocação será de
15 (quinze) dias e o da segunda convocação de 8 (oito) dias.
§
2° Salvo motivo de força maior, a assembléia-geral realizar-se-á no edifício
onde a companhia tiver a sede; quando houver de efetuar-se em outro, os
anúncios indicarão, com clareza, o lugar da reunião, que em nenhum caso poderá
realizar-se fora da localidade da sede.
§
3º Nas companhias fechadas, o acionista que representar 5% (cinco por cento),
ou mais, do capital social, será convocado por telegrama ou carta registrada,
expedidos com a antecedência prevista no § 1º, desde que o tenha solicitado,
por escrito, à companhia, com a indicação do endereço completo e do prazo de
vigência do pedido, não superior a 2 (dois) exercícios sociais, e renovável;
essa convocação não dispensa a publicação do aviso previsto no § 1º, e sua
inobservância dará ao acionista direito de haver, dos administradores da
companhia, indenização pelos prejuízos sofridos.
§
4º Independentemente das formalidades previstas neste artigo, será considerada
regular a assembléia-geral a que comparecerem todos os acionistas.
§
5o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu exclusivo critério, mediante
decisão fundamentada de seu Colegiado, a pedido de qualquer acionista, e ouvida
a companhia:
I
- aumentar, para até 30 (trinta) dias, a contar da data em que os documentos
relativos às matérias a serem deliberadas forem colocados à disposição dos
acionistas, o prazo de antecedência de publicação do primeiro anúncio de convocação
da assembléia-geral de companhia aberta, quando esta tiver por objeto operações
que, por sua complexidade, exijam maior prazo para que possam ser conhecidas e
analisadas pelos acionistas;
II
- interromper, por até 15 (quinze) dias, o curso do prazo de antecedência da
convocação de assembléia-geral extraordinária de companhia aberta, a fim de
conhecer e analisar as propostas a serem submetidas à assembléia e, se for o
caso, informar à companhia, até o término da interrupção, as razões pelas quais
entende que a deliberação proposta à assembléia viola dispositivos legais ou
regulamentares.
§
6o As companhias abertas com ações admitidas à negociação em bolsa de valores
deverão remeter, na data da publicação do anúncio de convocação da assembléia,
à bolsa de valores em que suas ações forem mais negociadas, os documentos
postos à disposição dos acionistas para deliberação na assembléia-geral.
"QUORUM" DE INSTALAÇÃO
Art.
125. Ressalvadas as exceções previstas em lei, a assembléia-geral
instalar-se-á, em primeira convocação, com a presença de acionistas que
representem, no mínimo, 1/4 (um quarto) do capital social com direito de voto;
em segunda convocação instalar-se-á com qualquer número.
Parágrafo
único. Os acionistas sem direito de voto podem comparecer à assembléia-geral e
discutir a matéria submetida à deliberação.
LEGITIMAÇÃO E
REPRESENTAÇÃO
Art.
126. As pessoas presentes à assembléia deverão provar a sua qualidade de
acionista, observadas as seguintes normas:
I
- os titulares de ações nominativas exibirão, se exigido, documento hábil de
sua identidade;
II
- os titulares de ações escriturais ou em custódia nos termos do art. 41, além
do documento de identidade, exibirão, ou depositarão na companhia, se o
estatuto o exigir, comprovante expedido pela instituição financeira depositária.
III
- os titulares de ações ao portador exibirão os respectivos certificados, ou
documento de depósito nos termos do número II;
IV
- os titulares de ações escriturais ou em custódia nos termos do artigo 41,
além do documento de identidade, exibirão, ou depositarão na companhia, se o
estatuto o exigir, comprovante expedido pela instituição financeira depositária.
§
1º O acionista pode ser representado na assembléia-geral por procurador
constituído há menos de 1 (um) ano, que seja acionista, administrador da
companhia ou advogado; na companhia aberta, o procurador pode, ainda, ser instituição
financeira, cabendo ao administrador de fundos de investimento representar os
condôminos.
§
2º O pedido de procuração, mediante correspondência, ou anúncio publicado, sem
prejuízo da regulamentação que, sobre o assunto vier a baixar a Comissão de
Valores Mobiliários, deverá satisfazer aos seguintes requisitos:
a)
conter todos os elementos informativos necessários ao exercício do voto pedido;
b)
facultar ao acionista o exercício de voto contrário à decisão com indicação de
outro procurador para o exercício desse voto;
c)
ser dirigido a todos os titulares de ações cujos endereços constem da
companhia.
§
3º É facultado a qualquer acionista, detentor de ações, com ou sem voto, que
represente meio por cento, no mínimo, do capital social, solicitar relação de
endereços dos acionistas, para os fins previstos no § 1º, obedecidos sempre os
requisitos do parágrafo anterior.
§
4º Têm a qualidade para comparecer à assembléia os representantes legais dos
acionistas.
LIVRO DE PRESENÇA
Art.
127. Antes de abrir-se a assembléia, os acionistas assinarão o "Livro de
Presença", indicando o seu nome, nacionalidade e residência, bem como a
quantidade, espécie e classe das ações de que forem titulares.
Parágrafo
único. Considera-se presente em assembléia geral, para todos os efeitos desta
Lei, o acionista que registrar a distância sua presença, na forma prevista em
regulamento da Comissão de Valores Mobiliários.
MESA
Art.
128. Os trabalhos da assembléia serão dirigidos por mesa composta, salvo
disposição diversa do estatuto, de presidente e secretário, escolhidos pelos
acionistas presentes.
"QUORUM" DAS
DELIBERAÇÕES
Art.
129. As deliberações da assembléia-geral, ressalvadas as exceções previstas em
lei, serão tomadas por maioria absoluta de votos, não se computando os votos em
branco.
§
1º O estatuto da companhia fechada pode aumentar o quorum exigido para certas
deliberações, desde que especifique as matérias.
§
2º No caso de empate, se o estatuto não estabelecer procedimento de arbitragem
e não contiver norma diversa, a assembléia será convocada, com intervalo mínimo
de 2 (dois) meses, para votar a deliberação; se permanecer o empate e os
acionistas não concordarem em cometer a decisão a um terceiro, caberá ao Poder
Judiciário decidir, no
interesse
da companhia.
ATA DA ASSEMBLÉIA
Art.
130. Dos trabalhos e deliberações da assembléia será lavrada, em livro próprio,
ata assinada pelos membros da mesa e pelos acionistas presentes. Para validade
da ata é suficiente a assinatura de quantos bastem para constituir a maioria
necessária para as deliberações tomadas na assembléia. Da ata tirar-se-ão
certidões ou cópias autênticas para os fins legais.
§
1º A ata poderá ser lavrada na forma de sumário dos fatos ocorridos, inclusive
dissidências e protestos, e conter a transcrição apenas das deliberações
tomadas, desde que:
a)
os documentos ou propostas submetidos à assembléia, assim como as declarações
de voto ou dissidência, referidos na ata, sejam numerados seguidamente,
autenticados pela mesa e por qualquer acionista que o solicitar, e arquivados
na companhia;
b)
a mesa, a pedido de acionista interessado, autentique exemplar ou cópia de
proposta, declaração de voto ou dissidência, ou protesto apresentado.
§
2º A assembléia-geral da companhia aberta pode autorizar a publicação de ata
com omissão das assinaturas dos acionistas.
§
3º Se a ata não for lavrada na forma permitida pelo § 1º, poderá ser publicado
apenas o seu extrato, com o sumário dos fatos ocorridos e a transcrição das
deliberações tomadas.
ESPÉCIES DE ASSEMBLÉIA
Art.
131. A assembléia-geral é ordinária quando tem por objeto as matérias previstas
no artigo 132, e extraordinária nos demais casos.
Parágrafo
único. A assembléia-geral ordinária e a assembléia-geral extraordinária poderão
ser, cumulativamente, convocadas e realizadas no mesmo local, data e hora,
instrumentadas em ata única.
SEÇÃO II
Assembléia-Geral
Ordinária
...
SEÇÃO III
Assembléia-Geral
Extraordinária
...
Lei Federal n.º
6.404/1976: AQUI
Decreto n.º
8.945/2016: AQUI
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