Parabéns a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos; a União Nacional dos Caminheiros; e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros
O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores
Autônomos - CNTA, Diumar Bueno, avaliou como “insatisfatória” e
“frustrante” a reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, realizada
na tarde desta quarta-feira (23\5). Um novo encontro entre a CNTA e o governo
federal será realizado nesta quinta-feira (24\5).
“O governo não trouxe
nenhuma resposta para a categoria. Na verdade, ele pediu mais prazo. Mas é
importante lembrar que as reivindicações dos trabalhadores não são nenhuma
novidade. No último dia 16, por exemplo, protocolamos um documento com toda a
nossa pauta e alertamos, inclusive, para o que poderia acontecer caso não fossemos
atendidos. Lamentavelmente, teremos que passar mais uma noite na estrada, em
greve”, disse Diumar Bueno.
Após o encontro com o
ministro Padilha, o presidente da CNTA participou de reunião com o presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No encontro, Maia se
comprometeu a dar andamento a pautas importantes aos caminhoneiros, como o PLS
121/2017, que cria uma política de preços mínimos para o transporte rodoviário
de cargas. O marco regulatório para o transporte de cargas também será
priorizado, segundo o presidente da Casa. O projeto abrange questões como o
estabelecimento de uma política de garantia de remuneração para caminhões
parados e limitação do valor do frete cobrado pela empresa.
Maia ainda disse que
vai tentar aprovar até esta quinta o projeto de reoneração da folha de
pagamento (Projeto de Lei 8456/17, do Executivo). De acordo com o relator do
projeto, Orlando Silva (PCdoB-SP), o novo texto deve aumentar para até 25 o
número de setores que manterão a desoneração, no intuito de ampliar o apoio das
lideranças partidárias, além de incluir a redução de 50% do PIS/Confins. A
desoneração das folhas de pagamento das empresas pode ser usada para compensar
a redução de impostos federais que incidem sobre o diesel. “Acredito que somando
o corte no PIS, Confins e zerando a Cide, nós poderemos alcançar, pelo menos,
8% de redução do preço do óleo diesel”, afirmou o parlamentar. Quanto à Cide
(Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), o governo federal afirmou
que ela seria zerada somente após a aprovação da reoneração da folha de
pagamento.
Ainda na noite desta
quarta-feira (23), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou a redução
de 10% no diesel nas refinarias. Segundo ele, essa diminuição seria realizada
por 15 dias.
“Nossa greve
continua. Vimos a disposição do Congresso em avançar na nossa pauta, mas
precisamos de um compromisso concreto do governo federal; precisamos de uma
lei. Enquanto não houver isso, nos manteremos firmes nas estradas, respeitando
todos os limites colocados pela Justiça”, conclui o presidente da CNTA, Diumar
Bueno.
Manifestação em todo
País. Todos os 26 estados e o Distrito Federal estão inseridos na manifestação
em defesa da redução de impostos sobre o preço do óleo diesel e o fim da
cobrança de pedágio dos caminhões que trafegam vazios e com os eixos
suspensos.
A manifestação
entrará no quarto dia nesta quinta-feira (24), com mais de 300 pontos de
paralisação espalhados de Norte a Sul, Leste a Oeste do Brasil.
“O Brasil funciona
sobre rodas. Nesses dias de protestos, já registramos desabastecimento em
algumas regiões. Algumas montadoras de veículos também já anunciaram a redução
de turnos de trabalho por falta de peças. A indústria agropecuária também está
sendo forçada a paralisar atividades por problemas logísticos. Além disso,
postos de combustíveis começam a ficar sem produto. Não queremos causar
prejuízo à população. E por isso é essencial e urgente que o governo atenda
nossas reivindicações”, alerta o presidente da CNTA, Diumar Bueno.
Não é de hoje que a União
Nacional dos Caminheiros - UNICAM já previa a situação
econômica insustentável para este seguimento. Desde 2015, após última
paralisação, estamos advertindo pelos nossos meios de comunicação, palestras em
congressos em vários estados, articulando em todas esferas do governo para
alertar que um grande colapso na área de transporte de cargas iria decorrer.
Prevenimos as autoridades deste país por meio
de debate no Fórum criado pelo Ministério dos Transportes, o Fórum Permanente
para o Transporte Rodoviário de Cargas, Portaria nº 101/2015 – MT e além disso
por meio de ofício entregue a mais de 2 anos ao Presidente da República Michel
Temer, presidentes da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e Senado Federal Renan
Calheiros, Ministro dos Transportes Maurício Quintela, Diretor da Agência
Nacional de Transporte Terrestre Jorge Bastos e a Diretora da Polícia
Rodoviária Federal Maria Alice do Nascimento) a fim que fossem tomadas medidas
cabíveis e se evitasse essas manifestações desgastantes e prejudiciais a
logística e desenvolvimento do país.
A falta de programas de incentivos e política
adequada dos preços de frete e a alta do combustível são as questões mais
críticas que culminam nessas paralisações além da falta de cumprimento dos
benefícios conquistados que podemos citar mais uma vez.
a) Lei nº 11.442/2007 – Disciplinamento
– art. 5º-A Sistema Eletrônico de Pagamentos de Fretes;
b) Lei nº 11.051/2004
– PIS/COFINS;
c) Lei nº 10.209/2001
– Vale-pedágio;
d) Lei nº 12.794/2013
– Isenção do IPI e ICMS para o caminhoneiro autônomo;
e) Lei nº 10.336/2001
– Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a
comercialização de petróleo e seus derivados;
f) Lei nº 12.619/2012
– Consolidação das Leis do Trabalho (Jornada de Trabalho) lei vigente nº
13.103/2015;
g) Lei nº 12.977/14 – Lei do
Desmanche que disciplina a atividade de desmontagem e veículos automotores.
h) Lei nº 13.103/2015 –
Consolidação das Leis (Jornada de Trabalho);
i) Decreto nº
8.614/2015 – que institui a política de repressão ao Roubo e Furto de Cargas,
regulamentando a Lei Complementar nº 121/2006 que cria o Sistema Nacional de
Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas;
Além da necessária instituição de uma política
em favor dos transportadores autônomos de inclusão digital para os
caminhoneiros, inibição a prostituição infantil nas rodovias, inserção da
planilha de custos nas revistas especializadas do setor (com tabela de frete
para cada região brasileira), criação de pontos de paradas e descanso
padronizados nas rodovias concedidas e não concedidas entre outros.
Ao longo dos últimos vinte anos a categoria
tem enfrentado problemas de grande relevância e a UNICAM, luta continuamente
pelos interesses do seguimento onde expomos nossas metas e dialogamos com o
setor público no intuito de promover troca e alinhamento de informações e
estudos.
Para seu melhor entendimento trataremos aqui
dos ciclos de palestras, trajetória e conquistas da UNICAM ao longo desses
últimos anos.
‘O aumento constante nas
refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel está deixando a
situação insustentável para o transportador autônomo. As recentes paralisações
feitas em diversas rodovias do país refletem o desespero e a insatisfação da
categoria, que não têm seus pleitos ouvidos pela Governo.
Além da correção quase que diária dos preços
dos combustíveis realizado pela Petrobrás, que dificulta a previsão dos custos
por parte do transportador, os tributos PIS e Cofins, majorados em meados de
2017 com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades
fiscais do Governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em
níveis satisfatórios.
Segundo o economista Leonardo Tostes, o diesel
e outros combustíveis são o principal item de custo do segmento de transportes,
que tem um impacto direto de 22% do IPCA, o principal índice de inflação ao
consumidor no Brasil.
Devido a isso, Tostes acredita que tanto a
carga tributária quanto a política de preços da Petrobras devem ser reavaliadas
para que a atividade não pressione a inflação quando a economia voltar a
crescer em patamares razoáveis.
Repasse do reajuste no valor do
frete
A NTC & Logística publicou nota
recomendando às empresas transportadoras que passem a reajustar seus fretes
todas as vezes que o aumento do combustível nas distribuidoras acumular 4%
mantendo, desta forma, o seu equilíbrio financeiro.
Seguindo o mesmo entendimento, o presidente da
Associação
Brasileira dos Caminhoneiros - ABCAM, José da Fonseca Lopes,
orienta a todos os caminhoneiros autônomos que também façam o devido reajuste
na cobrança do frete, já que o diesel representa quase 42% dos custos na
atividade de transporte.
“Sabemos que o consumidor final sofrerá com os
impactos do aumento do frete. Mas enquanto o Governo continuar com os altos
tributos sob o combustível, não teremos outra alternativa”, comenta Fonseca.
Soluções
Como a utilização de veículos movidos a diesel
é grande no Brasil, a Abcam sugere a redução da tributação sobre o combustível
que pode resultar em queda expressiva nos custos de produção agropecuária, no
preço do frete dos alimentos e nas tarifas do transporte em geral, o que
beneficiará diretamente toda a cadeia produtiva, do fornecedor ao consumidor
final.
Transporte Rodoviário de Cargas
O modal rodoviário é o principal meio do
transporte de carga do país e conta com uma rede de 1.720.156 quilômetros de estradas
e rodovias nacionais (a quarta maior do mundo), por onde passam 56% de todas as
cargas movimentadas no território brasileiro.
Segundo os dados do IBGE, o
transporte rodoviário de cargas é o modal que mais gera riquezas no Brasil,
sendo responsável por 55,2% do PIB do setor de transporte.
Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos
– CNTA
União Nacional dos
Caminheiros – UNICAM
Associação Brasileira
dos Caminhoneiros – ABCAM
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