Quais são os cuidados na oxigenação do paciente com Covid 19?
De
acordo com a Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da COVID-19, do
Ministério da Saúde, publicada em 08.05.2020, para aqueles pacientes admitidos
em unidade de internação ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI), são apresentadas
as seguintes sugestões para a oxigenoterapia e técnicas de ventilação:
® O
paciente deve estar acamado, sendo monitorado quanto a sinais vitais
(frequência cardíaca, saturação de oxigênio no pulso, frequência respiratória,
pressão arterial) e recebendo tratamento de suporte;
® O
paciente deve ser monitorado por hemograma, PCR, procalcitonina, função
orgânica (enzima hepática, bilirrubina, enzima do miocárdio, creatinina, nitrogênio,
ureia, volume da urina etc.), coagulação e imagem torácica;
® Nos
casos indicados, o paciente deve receber oxigenoterapia eficaz, incluindo
cateter nasal, oxigênio com máscara, oxigenoterapia nasal de alto fluxo (HFNO),
Ventilação Não Invasiva (VNI) ou ventilação mecânica invasiva.
Para
os pacientes com leve desconforto respiratório, é recomendado o uso de
cateter nasal de oxigênio com 2 L/min.
A
opção de oxigenoterapia para pacientes com infecções respiratórias graves,
dificuldade respiratória, hipoxemia ou choque é recomendada com uma taxa de
fluxo inicial de 5 L/min e a taxa de fluxo de titulação deve atingir a
saturação de oxigênio alvo (adultos: SpO2 ≥ 90% em pacientes não grávidas, SpO2
≥ 92-95% em pacientes grávidas; crianças: SpO2 ≥ 94 % em crianças com dispneia
obstrutiva, apneia, dificuldade respiratória grave, cianose central, choque,
coma ou convulsões e ≥ 90% em outras crianças).
A
intubação de pacientes críticos com o vírus SARS-CoV-2 foi associada a
episódios de transmissão do vírus aos profissionais de saúde.
Assim, as equipes de cuidados intensivos e anestesiologia devem estar
preparadas para a chegada de pacientes infectados com SARS-CoV-2 e devem
apresentar estratégias para diminuir o risco de infecção cruzada para os
profissionais da saúde. Nesse sentido, são feitas algumas recomendações acerca
do uso de instrumentos de auxílio respiratório:
® Oxigênio
suplementar: cabe fornecer a pacientes com doença respiratória leve. Evitar oxigênio
umidificado para reduzir o risco de aerossolização e possível propagação
viral, embora o isolamento aéreo apropriado possa evitar essa preocupação;
® Nebulização
de medicamentos: deve ser evitada, principalmente fora do isolamento
respiratório, devido ao risco de aerossolização e propagação viral;
® Broncodilatadores:
devem ser administrados com inaladores de dose calibrada;
® Cânulas
nasais de alto fluxo (HFNC): devem ser limitadas a pacientes em isolamento
respiratório apropriado porque podem causar um aumento no risco de propagação
viral através da geração de aerossóis;
® CPAP/BiPAP:
deve ser evitado em pacientes com COVID-19 e nunca deve ser usado fora de um
isolamento respiratório apropriado.
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