Como deve ser o monitoramento de casos de COVID-19 dentro dos Serviços de Saúde?
De
acordo com a Nota Técnica nº 07/2020, da ANVISA, divulgada em 08.05.2020, o monitoramento
epidemiológico de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 dentro dos
Serviços de Saúde deve compreender:
Monitoramento
epidemiológico de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 dentro dos
serviços de saúde
Durante
a resposta a emergências de saúde pública, o serviço de saúde deve realizar o monitoramento
epidemiológico dos casos de COVID-19 dentro da instituição.
Para
isso, deve realizar a detecção de casos suspeitos e confirmados (vigilância)
entre pacientes e profissionais. Essa vigilância deve incluir minimamente:
® Pacientes
que chegaram ao serviço com suspeita ou confirmação de COVID-19;
® Pacientes
internados que passaram a ser considerados como suspeitos ou confirmados
durante a internação (por mudança de diagnóstico ou por ter adquirido o vírus dentro
do serviço);
® Profissionais
do serviço de saúde infectados pelo SARS-CoV-2;
O
serviço de saúde também deve elaborar relatórios epidemiológicos sobre a
ocorrência de pacientes e profissionais suspeitos ou confirmados de COVID-19 e
mantê-los disponíveis para consulta pelos profissionais das unidades/setores do
serviço e para as autoridades de saúde pública local e nacional, considerando
as recomendações do Ministério da Saúde e os fluxos pactuados.
Até
o momento, os sinais e sintomas mais comuns da COVID-19 incluem: febre, tosse e
falta de ar. No entanto, outros sintomas não específicos ou atípicos podem
incluir: Dor de garganta; Diarreia; Anosmia (incapacidade de sentir odores) ou
hiposmia (diminuição do olfato); Mialgia (dores musculares, dores no corpo) e Cansaço
ou fadiga.
Além
disso, os idosos com COVID-19 podem apresentar um quadro diferente de sinais e sintomas
do apresentado pelas populações mais jovens, como por exemplo, não apresentar
febre.
Dadas
essa variação de sinais e sintomas, os serviços de saúde devem padronizar um conjunto
que melhor defina possíveis casos suspeitos, de acordo com as características dos
seus atendimentos, a fim de rastrear pacientes e profissionais do serviço de
saúde em busca de suspeita de COVID-19.
Essa
definição é importante para garantir que os casos não deixem de ser
reconhecidos devido à provável apresentação de sintomas atípicos ou mínimos
nessas pessoas.
Vigilância
dos profissionais do serviço de saúde expostos
As
ações de vigilância têm o objetivo de identificar os profissionais sintomáticos
ou COVID-19 positivos para adoção das medidas de prevenção adequadas e
necessárias, evitando assim a transmissão do vírus para pacientes/acompanhantes/visitantes
e outros profissionais da instituição.
O
serviço de saúde deve definir as estratégias para tratamento, monitoramento
e retorno ao trabalho de profissionais com suspeita ou confirmação de
COVID-19, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde.
Várias
estratégias podem ser aplicadas de forma individual ou conjunta para a identificação
precoce dos profissionais do serviço de saúde sintomáticos ou COVID-19
positivos: estratégia de vigilância passiva; estratégia ativa
presencial e estratégia ativa remota.
Rastreamento
de contatos dentro do serviço de saúde
Para
interromper a cadeia de transmissão do SARS-CoV-2 dentro do serviço de
saúde é necessário:
® rápida
identificação de contatos de um caso suspeito ou confirmado de COVID-19;
® adoção
das medidas de prevenção e controle de infecção necessárias;
® fornecimento
de informações para os contatos sobre a necessidade de reforçar as medidas de
higiene das mãos e higiene respiratória/etiqueta da tosse e orientações sobre o
que fazer se eles desenvolverem sintomas da doença.
A
aplicação rigorosa de medidas de rastreamento de contato durante o
período em que apenas casos esporádicos estão sendo observados pode reduzir a
transmissão adicional e ter impacto na propagação do surto.
Porém,
à medida que a transmissão na comunidade se intensifica em uma região, os benefícios
do rastreamento formal de contatos para exposições em ambientes de saúde podem
ser limitados, a menos que residam em uma comunidade que ainda não foi afetada pela
COVID-19.
No
cenário da transmissão comunitária, todos os profissionais do serviço de saúde
correm algum risco de exposição à COVID-19, seja no local de trabalho ou na
comunidade. Assim, dedicar recursos para contatar rastreamento e avaliação
retrospectiva de riscos pode desviar recursos de outras atividades importantes
de prevenção e controle de infecções.
Nesse
sentido, os serviços de saúde devem mudar a ênfase para práticas mais
rotineiras, que incluem solicitar ao profissional que:
® relate
exposições reconhecidas como de risco ou perigosas;
® monitore-se
regularmente quanto a febre e sintomas respiratórios;
® use
máscaras durante toda a sua permanência no serviço de saúde para controle da fonte:
-máscara cirúrgica sempre que tiver
contato com pacientes (a menos de 1 metro)
OU
- máscara de tecido se não tiver contato
com paciente;
® não
compareça ao trabalho quando estiver doente e relatar a situação a chefia imediata.
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