PROTOCOLO de prevenção de transmissão para micro-organismos Multirresistentes
Orientações sobre assistência ao paciente
colonizado, infectado ou suspeito de colonização por micro-organismos multirresistentes
(MR), da Maternidade Escola Assis
Chateaubriand – MEAC (Ceará) / EBSERH =
Assistência
multiprofissional para pacientes internados em enfermaria, UTI adulto e
neonatal: Cabe ao enfermeiro e médico organizar os cuidados imediatamente após
a identificação do paciente colonizado, infectado ou sob risco de colonização
por micro-organismos MR, até a obtenção de resultados de testes de vigilância
microbiológica, destacando os tópicos a seguir.
•
Ocorrendo suspeita ou detecção de micro-organismo MR, comunicar ao médico
assistente do paciente, à equipe multiprofissional e ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), no Ramal 8571
(caso ocorra no final de semana, contatar SCIH no primeiro dia útil);
•
Dentro das orientações a equipe multiprofissional, deve-se priorizar informação
sobre caso de isolamento de contato ao Serviço Social da MEAC, para que os visitantes
e acompanhantes, sejam orientados a passar pelo posto de enfermagem da unidade,
para as devidas orientações sobre como se portar durante a
visita/acompanhamento;
•
Não é permitido realizar assistência ao paciente com uso de colares, anéis,
pulseiras, relógios, brincos, sapatos abertos, cabelos soltos ou unhas
compridas e/ou esmalte descascando;
•
Reforçar orientações a profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes sobre
higienização das mãos, conforme
Procedimento Operacional Padrão (POP) disponíveis na intranet, reconhecida como
a medida menos onerosa, mais fácil e eficaz de reduzir disseminação de
patógenos no ambiente hospitalar. As recomendações da OMS englobam cinco
momentos para higienização das mãos: a. Antes do contato com o paciente; b.
Antes da realização de procedimento asséptico; c. Após a exposição a fluídos
corpóreos; d. Após contato com o paciente; e. Após contato com o ambiente
próximo ao paciente.
•
Adotar medidas de precauções de contato, em adição às precauções-padrão, com disponibilização dos EPI, gorros,
luvas descartáveis, aventais, óculos de proteção e máscaras cirúrgicas;
•
Orientar paciente, acompanhantes e visitantes sobre medidas de precaução
necessárias e forma adequada de usar EPI disponibilizados;
•
Reduzir visitantes para uma pessoa por leito e reduzir o tempo de visita pela
metade do habitual, nas unidades críticas (manter esta ação até o surto ser
controlado);
•
Disponibilizar, nas pias próximas ao leito ou quarto do paciente, solução
antisséptica à base de Clorexidina à 2%, para higienização das mãos;
•
Manter paciente em quarto privativo,
quando não for possível, providenciar
área isolada ou realizar a coorte (separar pacientes por patologia ao final
da enfermaria ou Unidade de Terapia Intensiva), no caso de ausência de leitos específico
para isolamento;
•
Identificar o isolamento no prontuário, folha de evolução diária, prescrição e
cabeceira do leito ou porta de acesso aos leitos, sendo esta última, realizada
com placas de identificação escrito “ISOLAMENTO DE CONTATO”, plastificadas;
•
Se possível, a assistência ao paciente
infectado/colonizado ou suspeito de colonização por microorganismo MR deverá ser realizada, preferencialmente por
profissional exclusivo para atender especificamente este(s) paciente(s);
•
Materiais, mobiliários da “ilha” do paciente bomba de infusão, monitor,
termômetros, estetoscópio devem ser de
uso exclusivo do paciente, devendo realizar a desinfecção com
glucoprotamina, diariamente;
•
Encaminhar a braçadeira do esfigmomanômetro para expurgo;
•
Os equipamentos que não podem ser de uso exclusivo, como placa de radiografia,
equipamento para eletrocardiograma, desfibrilador, balança de pesagem (para
RN/lactentes), desinfetar com glucoprotamina, friccionada com pano em sentido
unidirecional, por 5 vezes, e esperar secar por 10 minutos, a cada uso;
•
Após a alta do paciente, todos os utensílios e equipamentos deverão ser
submetidos à rigorosa limpeza e desinfecção;
•
Evitar estoque de materiais (pacotes de gazes, compressas, esparadrapos, fitas,
caixas de luvas, lençóis, fraldas de pano e descartáveis etc.) no quarto ou
“ilha” do paciente;
•
Os materiais de uso individual deverão ser acondicionados próximo ao leito do
paciente, se possível, utilizando mesa auxiliar, devendo ser desprezados ao
final do isolamento, alta, transferência externa ou óbito. Nos casos de
transferências internas (ex.: UTI para enfermaria) encaminhar materiais com o
paciente;
•
O profissional de saúde deve retirar o avental branco de uso pessoal (jaleco) e
utilizar avental descartável de manga
longa, sempre que existir contato da roupa do profissional com o paciente,
leito, mobiliário ou material infectante;
•
Em caso de paciente com diarreia, colostomia, ileostomia ou ferida, torna-se
obrigatório uso de avental durante toda a assistência ao paciente;
•
Enfatizar as medidas de higienização do ambiente, conforme POP da hotelaria
sobre limpeza e higienização de ambientes e superfícies, disponíveis na
intranet da MEAC;
•
Realizar higiene oral com clorexidina solução oral (pacientes adultas) e banhos
diários com clorexidina degermante a 2%, exceto RN com idade corrigida menor
que 34 semanas, como medidas de descolonização, para pacientes portadores de
enterobactérias produtoras de carbapenemases e VRE;
•
As culturas de sangue, secreção traqueal e swab retal devem ser colhidas de
rotina, quando houver suspeita de infecção/colonização por patógenos
multirresistentes, conforme fluxo presente no final destas recomendações,
principalmente para pacientes provenientes de outros serviços, onde permaneceu por
tempo igual ou superior há 48 horas, pacientes em assistência médica domiciliar
e provenientes de UTI, inclusive da própria instituição;
•
No caso dos pacientes provenientes de outros serviços, admitidos na MEAC, tanto
na enfermaria, como na UTI, deverão ser trocados os dispositivos invasivos na
admissão (sonda oro e nasogástrica, acessos venosos centrais e periféricos,
sonda vesical de demora), exceto cânula orotraqueal e traqueóstomo;
•
Só realizar transferência intra e inter-hospitalar, de paciente com infecção ou
colonização por microorganismo MR, quando estritamente necessário, adotando
medidas de prevenção de contaminação do ambiente com fluidos corporais do
paciente, comunicando, com antecedência, à unidade de destino, deixando esta
informação clara nas evoluções e prescrição, para a adoção de medidas de
precaução de contato no setor de destino.
•
Quando encaminhar paciente para realização de exames ou procedimentos,
comunicar previamente, ao setor de destino, a colonização ou infecção do
paciente com micro-organismo MR, para, se viável (caso não seja de urgência)
realizá-lo após todos os exames agendados para o turno. Realizar desinfecção da
maca ou cadeira de transporte e superfícies nas quais o paciente teve contato,
durante o procedimento e transporte.
•
Caso seja necessário elevador para transporte, este deverá ser, no momento do
uso, destinado exclusivamente ao transporte do paciente, não sendo admitida a
presença de outros pacientes no mesmo elevador. Lembrar de utilizar luvas não
estéreis para auxiliar na locomoção, mas com o cuidado de não tocar em
superfícies com as mãos calçadas.
•
Realizar limpeza e desinfecção
concorrente do quarto e “ilha” do paciente: leito (cama, berço,
incubadora), prateleiras para suporte, mesa de cabeceira/refeição, móveis e
utensílios, a cada turno, com
desinfetante padronizado pelo serviço: INCIDIN® (glucoprotamina) ou ANIOSURF®,
friccionando cinco vezes, em sentido unidirecional, deixando secar por 10 e 15
minutos, respectivamente.
Fonte: AQUI
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