MINISTÉRIO DA SAÚDE divulga nota sobre decisão da Justiça a respeito da atuação dos Enfermeiros na atenção básica
O
Ministério da Saúde entende que a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é essencial para garantir o
acesso de toda a população brasileira ao cuidado em saúde e que sua
implementação em todos os municípios do Brasil depende da atuação da equipe
multiprofissional.
A
decisão da Justiça Federal de Brasília, na última semana, movida pelo Conselho
Federal de Medicina (CFM), proíbe enfermeiros de requisitar consultas e exames
complementares na atenção básica e de renovarem receitas médicas,
segundo o argumento de que essas atividades seriam atividades profissionais
exclusivas dos médicos.
Esta
decisão impacta diretamente no funcionamento das unidades básicas de saúde e na
garantia do acesso da população. O SUS oferta suas ações e serviços de saúde a
partir da atuação de equipes multidisciplinares, formadas por profissionais e
trabalhadores de diversas áreas, ampliando a capacidade de resolução do
atendimento assistencial.
Assim,
para manter as atividades previstas na nova Política Nacional de Atenção Básica
e garantir a assistência à população, o Ministério da
Saúde vai apresentar os subsídios necessários para que a Advocacia Geral da
União (AGU) possa recorrer da
decisão.
O
Ministério da Saúde defende a atuação dos enfermeiros e entende que eles
desempenham um papel fundamental no cuidado em saúde, sendo que estas
atividades já são desempenhadas pelos enfermeiros há pelo menos 20 anos.
Estes
profissionais são essenciais em vários programas e políticas do Sistema Único
de Saúde (SUS), como nas ações de prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis – combate à sífilis –, no programa de controle de hipertensão,
diabetes e acompanhamento do pré-natal, entre outros.
É o enfermeiro, por exemplo, que solicita o exame complementar para confirmação
da gravidez.
A
Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, que estabelece a revisão de
diretrizes da PNAB no âmbito do SUS e regulamenta as atividades exercidas na
Atenção Básica, inclusive dos enfermeiros, foi amplamente debatida durante dois
anos, incluindo a realização de consulta pública, onde participaram
profissionais da área, pesquisadores, gestores, associações e conselhos de
saúde, tendo sido aprovada na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), fórum que reúne representantes
das secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país.
Fonte: AQUI
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