Entrevista com RODRIGO JANOT, depois de deixar o comando da Procuradoria-Geral da República - PGR
1) Por que o senhor não foi à posse da sua sucessora, Raquel Dodge? Na minha terra, se diz o seguinte: a gente não vai à festa sem convite. Quem vai em festa sem convite é penetra. 2) O senhor não foi convidado? Para a posse, definitivamente, não fui convidado. A gente tratou como seriam colocados os termos no convite. A primeira proposta foi com meu nome: “O procurador-geral da República convida”. Mas o pessoal da transmissão pediu para sair em nome do Ministério Público da União, por e-mail. Eu é que expedi esse e-mail. Mas não recebi convite nenhum. Os convites para chefes dos poderes pediram para que eu fizesse nominalmente. Mandei aos presidentes do Supremo, da Câmara, do Senado, da República, aí sim, um ofício meu, enquanto procurador-geral. Meu mandato terminou domingo, dia 17, até lá eu era procurador-geral. Perguntei se queriam uma transmissão de cargo, mas me informaram que eu não posso transmitir aquilo que eu não tenho mais. Por isso que não fui, porque não fui co